Paranaguá espera escoar 17,5 mi de toneladas ➤ Ir para a listagem de notícias

19 de Fevereiro de 2016

O corredor de exportação do Porto de Paranaguá, no Paraná, deve embarcar aproximadamente 17,5 milhões de toneladas de soja, milho, trigo e farelo em 2016, disse ao Broadcast Agro, serviço em tempo real da Agência Estado, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

O volume, se confirmado, será 8,4% superior ao escoado pelo corredor de exportação do porto em 2015, que foi de 16,14 milhões de toneladas. Apenas em janeiro, Paranaguá exportou volume de grãos 34% maior que no mesmo mês de 2015, informou o diretor-presidente da Appa. "A absorção deste acréscimo será possível pela troca de equipamentos, mudanças operacionais e pela capacidade adicional de armazenamento ofertada pela Pasa", declarou Dividino.

 

Este aumento de capacidade, de 180 mil toneladas, diz respeito aos três armazéns que a Paraná Operações Portuárias (Pasa), empresa resultante da associação de sete empresas e cooperativas sucroalcooleiras do Estado) detém no porto paranaense e que poderão ser utilizados a partir deste ano para o armazenamento de soja. Até então, as instalações eram destinadas exclusivamente à estocagem de açúcar.

"Como os períodos de exportação de açúcar e soja são diferentes, a Pasa poderá prestar serviço de armazenagem da oleaginosa. Ao longo de 2016, cerca de 1,2 milhão de toneladas de soja poderão ser estocadas nesses armazéns", afirmou Dividino. A empresa começou a disponibilizar a estrutura para grãos no final de 2015, de acordo com o executivo da Appa, mas esta será a primeira temporada em que o uso das instalações da Pasa serão flexibilizados para receber soja.

 

Com o aumento do volume escoado, cresce também o número de caminhões carregados com grãos que chega ao porto. Somente em janeiro, foram 47% mais que no mesmo mês do ano passado. Hoje, em torno de 2,5 mil caminhões chegam ao Porto de Paranaguá todos os dias.

A absorção do maior número de veículos não elevou o tempo médio de 2 horas que eles ficam no pátio do porto, segundo o diretor-presidente da Appa, em virtude da conclusão de obras de ampliação na área de triagem.

Enquanto em 2015 o porto recebia cerca de 3 caminhões por minuto, neste ano está recepcionando em média 4,5 veículos. Appa e ALL também fizeram, em 2015, a substituição de todos os ramais ferroviários que levam vagões com grãos ao corredor de exportação, a fim de evitar paradas dos trens e acidentes.

O tempo de espera dos navios para atracar no Porto, preocupação corrente em todas as safras, pode cair este ano, na expectativa de Dividino, da média de 22 dias para até 15 dias, em função da maior capacidade de armazenamento e das melhorias no porto. O regime de chuvas na região nos meses de escoamento da safra, porém, pode alterar estes números.

Fonte Globo Rural.